Parlamentares de Moçambique trocam experiências sobre HIV-Aids com integrantes da Seguridade Social


O presidente da Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara, deputado Amauri Teixeira (PT-BA), recebeu, nesta terça-feira (25), a visita de uma comitiva de parlamentares de Moçambique. O objetivo foi conhecer os programas do governo brasileiro e as iniciativas do Congresso no combate a Aids.
Amauri destacou as campanhas de prevenção da administração federal, a ampla distribuição gratuita de preservativos e seringas descartáveis e o programa de distribuição de medicamentos, o chamado “coquetel”, também gratuitamente, para milhares de soropositivos. Um programa que já é referência no mundo todo. O deputado ressaltou que essas medidas contribuem significativamente para a prevenção e redução dos índices de contaminação no país. Por outro lado, o presidente da CSSF disse que o Congresso poderia ser menos conservador e aprovar projetos de leis mais arrojados de combate ao preconceito. Amauri ressaltou, ainda, o sucesso da experiência brasileira na negativação do HIV em filhos de mães soropositivas.
A deputada Érika Kokay (PT-DF), presidente da Frente Parlamentar de combate ao HIV-Aids, falou das audiências públicas sobre o tema, do controle epidemiológico de mulheres contaminadas pelos maridos e do estigma e preconceito que ainda existem.  Ela também informou os parlamentares que campanhas de vacinação, como a do HPV, provocam resistência nos setores mais conservadores da sociedade e do próprio Congresso brasileiro.
A comitiva era formada pelos deputados Caifadine Manasse, Beatriz Ajuda, Azevedo Mussiroba e Danilo Ragú, todos da Frelimo (Frente de Libertação de Moçambique). Também no grupo, o deputado Saimone Macuiana, da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana), presidente do gabinete parlamentar de prevenção ao HIV e Aids da Assembleia da República de Moçambique. 
A deputada Beatriz Ajuda informou que em Moçambique são 250 deputados e 44 por cento são mulheres.  Ela disse, ainda, que uma das maiores preocupações é o elevado número de desistências no tratamento da Aids em Moçambique, por causa da pobreza e distância dos locais de destruição de remédios. A prioridade, segundo ela, é reduzir a contaminação de mãe para filho.

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