A criação do Partido Solidariedade interessa ao PSDB, do governador Geraldo Alckmin e do presidenciável tucano, o senador Aécio Neves (MG). Os dois políticos apoiam nos bastidores a criação da nova legenda, que terá inserção no mundo sindical.
O principal aliado dos tucanos hoje, o Democratas, está enfraquecido desde a criação do PSD, partido fundado pelo ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab em setembro de 2011, que deverá fazer parte do governo federal com, pelo menos, um ministério.
Na fundação da legenda, que se tornou a terceira maior bancada do Congresso, 16 parlamentares do DEM, insatisfeitos na oposição migraram para o projeto de Kassab. Com a debandada dos deputados, o partido oposicionista perdeu tempo de TV no horário eleitoral gratuito, principal ativo de uma legenda nas eleições - alianças e indicações para cargos na chapa majoritária são negociadas com base nesses minutos.
O enfraquecimento do DEM fragilizou o PSDB na construção de alianças eleitorais para 2014, quando o governador paulista tentará se reeleger e Aécio tentará disputar o Palácio do Planalto.
Em razão da fragilidade na construção de alianças entre os partidos que fazem oposição ao governo federal, os tucanos começaram a ver com interesse a criação do Solidariedade. A fundação da legenda é vista como uma forma de compensar o enfraquecimento do aliado DEM. De olho numa aliança, Aécio teria pedido ao deputado Fernando Francischini (PEN-PR) que entrasse na futura agremiação.
O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, que está por trás do projeto, disputa atualmente espaço com a direção do PDT, que é governista no âmbito federal. Colocou em curso a criação da sigla como forma de fortalecimento político.
Tradicionalmente, Paulinho se alia aos tucanos em São Paulo - o PDT é da base de Alckmin. (As informações são do jornal O Estado de S. Paulo).
Postar um comentário
»GPB - GIRANDO PELA BAHIA
A GENTE OUVE VOCÊ!