Professores realizam nova assembleia

Descaso com a educação. Assim podemos definir o período de um mês que a educação estadual enfrenta. Um milhão de estudantes estão sem aulas e, enquanto ficam prejudicados nos estudos, Governo e categoria não chegam a um acordo.

 

Nesta terça-feira (16), uma nova assembleia foi marcada, mas sem previsão de que haja conversa ou renogociação com o Governo do Estado. 

 

A categoria não abre mão do acordo assinado no ano passado cujo reajuste concedido pelo governador Jaques Wagner foi de 22,22%, para que o piso salarial seja de R$ 1.451, como prevê portaria do Ministério da Educação. Mas, nesta paralisação, o governo acatou à votação da Assembleia Legislativa da Bahia, que concordou com reajuste de apenas 6,6%.

 

Entretanto,  o secretário estadual da Educação, Osvaldo Barreto, garantiu que o estado paga a um professor iniciante R$ 1.586 por 40 horas por semana. O gestor também disse que um docente considerado como especialista ganha em média R$ 3.800. “Sei que temos que melhorar alguns aspectos, mas pagamos melhor do que estados, a exemplo de São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Se o governo implementar os 22% de reajuste vai ultrapassar o limite estabelecido pela lei com pagamento pessoal. Portanto, peço que todos voltem ao trabalho”, disse o secretário em programa de Zé Eduardo, do dia 18 de abril.

 

Passeatas

 

No dia 11 de maio, última sexta-feira, os professores voltaram às ruas em protesto. Um grupo de professores afiliados à Associação dos Trabalhadores em Educação da Bahia (APLB), ligados às escolas do bairro de Brotas, realizaram passeata na região com intuito de esclarecer a população sobre a greve da categoria. 

 

Interior

 

Na cidade de Itabuna, sul da Bahia, 95% dos profissionais, segundo a APLB, participam da greve. Em Feira de Santana, a segunda maior cidade do estado, a mobilização da classe afeta as atividades educacionais de aproximadamente 150 mil alunos. A Bahia tem 32.584 professores licenciados (integrantes da carreira do magistério estadual).

Foto: Roberto Viana // Bocão News

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