Santaluz proíbe abastecimento de comunidades Valentenses

Mais de 180 municípios baianos estão em estado de emergência decorrente dos efeitos provocados pelas condições climáticas que tem mudado severamente o clima regional causando um árduo e prolongado período de estiagem. Este fator tem deixado os municípios baianos em alerta geral, principalmente quando se trata do armazenamento de água nos reservatórios.
Sem as regulares chuvas, a mais de 09 meses, alguns municípios estão completamente sem água e dependem diretamente do abastecimento realizado pela EMBASA. Todavia, em 12 municípios que são abastecidos pela Adutora do Sisal o problema é ainda mais grave, a água oferecida pela empresa baiana contém uma alto índice de salinidade (1,4%, enquanto o máximo permitido para garantir a saúde do ser humano é 0,5%) o que inviabiliza o potencial do abastecimento na missão de suprir as necessidades básicas para a sobrevivência humana.
Em paralelo a esta situação está a total falta de recursos hídricos nas comunidades rurais de municípios como Valente, que além da péssima qualidade da água que saem nas torneiras das casas não tem fontes próprias para abastecer a população do campo. Consequentemente tem que buscar, com caminhões-pipa, a água adequada para o consumo humano em mananciais de outros municípios. O município Valentense, bem como Retirolândia, estava extraindo o liquido de represas em Santaluz.
Diante da continuidade da estiagem e sem previsão de chuvas, a população das comunidades de Santaluz, que dependem dos referidos mananciais que também tem se tornado fontes para Valente e Retirolândia, decidiram impedir que os caminhões continuem carregando e consequentemente reduzindo o potencial existente. Eles defendem o recurso que na pratica é deles por direito.
Com esta decisão, os municípios de Valente e Retirolândia que dependem dos serviços oferecidos pela parceria das prefeituras com o Exercito Brasileiro – a operação pipa – poderão ser suspensos por tempo indeterminado e causando maiores trantornos para a população que dependem diretamente do modo de abastecimento.
Nesta segunda-feira, 02, prefeitos e vereadores dos municípios atendidos pela adutora do sisal, acompanhados de deputados, estiveram em reunião com o Presidente da Embasa – Abelardo de Oliveira Filho – onde pediram a conclusão da obra que interligará a nova rede, já construida, de Pedras Altas (que está com mais de 80% da sua capacidade reservada e com água doce, adequada para os consumidores beber) à adutora do sisal e desativará o sistema da Barragem de São José (que atualmente está com menos de 15% da capacidade de águas salobras represada).
Como já foi dito em outras matérias, o novo sistema que abastecerá mais de 12 municípios com água e custou quase R$ 60 milhões já está com mais de 95% do projeto concluído, faltando apenas o fornecimento de energia para as maquinas das estações elevatórias e a realização do entroncamento das tubulações. Segundo dizem os entendidos, se o governador se sensibilizar com a necessidade do povo e ordenar a conclusão dos serviços, em 15 dias os municípios teriam água boa nas torneiras.
Redação SisalNews com imagem de Google

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