Devido à grande seca que castiga toda região, já comprometendo a produção de sisal e o funcionamento das batedeiras, a CONAB vai fazer leilão de parte das fibras armazenadas.
Segundo a Dra Rose Pondé, superintendente da CONAB, foi avaliado a situação e a recomendação e de colocar em lotes de 3.500 toneladas por semana, limitando a 150 toneladas por cada comprador. Caso sejam necessárias quantidades maiores, o comprador deve comprovar que nos últimos quatro meses compraram volumes superiores e serão atendidos.
Para Rose Pondé, o governo deve tem mostrado interesse de resolver a situação de falta da fibra no mercado, combater os efeitos e implantar medidas que permitam a convivência com a seca. “Não podemos colocar estoques elevados no mercado e depois os grandes empresários usarem desse estoque para pressionar a queda nos preços, quando a chuva chegar e voltar à colheita”.
Segunda ela é necessário encontrar outros mecanismos para garantir que a CONAB continue ajudando aos produtores e trabalhadores. “No inicio, o governo comprava a fibra e muitos empresários aproveitavam dessa situação, pagavam menores preços aos produtores e repassavam a CONAB. Conseguimos mudar essa realidade e criar o PEP – Plano de Escoamento da Produção, fazendo com que o preço mínimo chegasse ao produtor. Mesmo assim, não resolveu, os grandes compradores poderiam pagar preços maiores, já que o mercado melhorou, o dólar aumentou, mas ficam na dependência do PEP”, disse.
Para finalizar, a Dra Rose destacou a importância de novos investimentos para que a CONAB possa atender melhor os produtores. “O setor precisa de muitos apoios, desde novos equipamentos, pesquisas, maior aproveitamento, mas continua sendo indispensável esse trabalho da CONAB e nossos esforços devem se concentrar nas negociações para que esse prêmio seja pago direto aos produtores, a exemplo do que acontece com a piaçava e cana de açúcar”, completou.