Juiz promove com êxito o 1º Sarau Social de Conceição do Coité

De acordo com o juiz, foi realizada uma reforma no pátio do fórum e construiu uma estrutura de mine palco com este objetivo de unir a justiça a comunidade.

O juiz da Comarca de Conceição do Coité, Gerivaldo Alves Neiva, deu mais uma grande prova de sua atuação e participação no meio social da cidade, na noite de terça-feira,11, quando idealizou e promoveu o 1º Sarau Social em frente ao Fórum Durval da Silva Pinto, que recebeu centenas de pessoas para acompanharem os trabalhos de todos os projetos sociais que envolvem crianças e adolescentes da cidade.

De acordo com o juiz, foi realizada uma reforma no pátio do fórum e construiu uma estrutura de mine palco com este objetivo. “Estamos inaugurando o espaço, gostaria que a sociedade viesse ao fórum, não só para resolver problemas, mas participar do lado social que existe. Aqui reunimos todos os projetos sociais que vem sendo desenvolvido no município, e ao mesmo tempo observamos que é possível manter uma orquestra, a exemplo da Santo Antonio da Música, Batuque Social, grupos de dança, de capoeira e outras atividades. Está comprovado que pode se investir pouco agora, para evitar outras complicações futuras”,alertou o magistrado.

O prefeito Renato Souza, convidado pelo juiz, disse que o município tem apoiado os programas que contempla cerca de 500 crianças, assistidas pela Secretaria de Ação Social e prometeu mais empenho por parte do governo municipal. CRAS e CREAS também vêm tendo importantes participações na conduta das crianças e adolescentes.    

A primeira apresentação da noite foi do Grupo Internacional Mundo da Capoeira, que tem como mestre Robson Mascarenhas Miranda, (Samuray), que desde 2007 vem desenvolvendo as atividades com crianças carentes das áreas periféricas da cidade. De acordo com samuray, são cerca de 150 alunos espalhados por academias improvisadas a exemplo da sede, cedido pelo CEPEC, bairro Terra Nova e povoados de Goiabeira, Juazeirinho e Onça.
Questionado quais as dificuldades enfrentadas, o professor Samuray disse que todas. “A gente sofre muito preconceito e descriminação, falta de apoio, muita promessa e pouca realização. Temos uma associação constituída, justamente para tentar facilitar a liberação de recursos, mas até agora nada de ajuda aconteceu e a gente vem mantendo somente pelo amor a arte” desabafou Samuray.
Samuray disse que investir no esporte é afastar as crianças e adolescentes das drogas, conta que ele foi um desses que vivia na rua, perdeu o pai quando tinha nove anos. O capoeirista disse que a procura é grande por crianças querendo participar, ” nós, mesmo sem condições acolhemos porque sabemos que estaremos ocupando a mente deles com a prática do esporte e nas preleções a gente fala do perigo do vicio. Mas tem um período que não suportamos as dificuldades, no meu caso que tenho família, tive que me ausentar da academia e fui buscar lá fora o meu sustento e me afastei por seis meses, estou de volta com a mesma vontade de continuar, mas precisamos de apoio, na pratica, não dá mais pra pedir uma apresentação e dizer que depois vai nos ajudar, precisamos que seja colocada essa ajuda em pratica, teoria não dá mais”, concluiu Samuray.
Um dos momentos mais emocionantes foi a participação da banda Batuque de Surdos, grupo de percussão da Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos do Estado da Bahia – APADA, que dentre as atividades, existe um grupo de percussão que tem viajado bastante para apresentações. O juiz Gerivaldo Neiva disse ter ficado arrepiado no momento que o grupo se apresentou. ”Eles não ouvem esse barulho, mas sentem no coração” disse o magistrado que atuou também na condição de fotógrafo.
De acordo com Natália Dantas, gestora e coordenadora pedagógica da APADA, o grupo é formado por 15 componentes, três monitores e um professor  intérprete e conta com a parceria do Banco HSBC.
Ao avaliar a apresentação do grupo ela disse que foi muito boa, apesar de ter sido a primeira vez que tocou com ouvintes, ou seja, contaram com a participação de componentes do Batuque Social que não tinha problema de audição e mesmo assim se sairam bem.

"Eles não escutam, mas sentem no coração". Gerivaldo Neiva juiz de Coité, sobre participação do batuque de surdos da APADA
A coordenação da apresentação do Batuque de Surdos ficou por conta de Ramon Silva, ele que vem desenvolvendo outro importante trabalho nos bairros periféricos da cidade, denominado Batuque Social.
A recheada programação teve também uma Poesia dramatizada por Rayane e Taysla,
Apresentação de Thiale – Cantora mirim de Coité,
Apresentação do projeto Canto dos Pássaros (CRAS – Salgadália) e Jovens Talentos (CRAS – Matadouro)
Declamação de  poesia por Vaniquele (Projeto Jovens Talentos)
Apresentação da Orquestra Santo Antônio de Música
Apresentação do Batuque Social (Alto São João – CRAS) com o Balé do Projovem Adolescente (Levada Afro)
Apresentação do Balé Projovem Adolescente (Quilombo América)
Apresentação do Balé Jovens Talentos (CRAS – Mansão)



com informação da Calila Noticias

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