Cerca de duzentos funcionários de seis empresas terceirizadas que funcionam no galpão da Via Uno de Conceição do Coité, saíram em passeata até o centro da cidade, acompanhados de um carro de som e muito barulho de apito por volta das 17 horas desta terça-feira (11).
Os manifestantes cumpriram o expediente normal e ao deixarem os serviços saíram a pé das fabricas, andaram pela BA-409, Avenida Luiz Eduardo Magalhães, Avenida Senhora Santana, centro da cidade e por fim, depois de percorrerem 3 km, realizaram uma breve concentração na Praça da Igreja Matriz.
A manifestação contou com o apoio da presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Calçados (Sintracal), Jeane Costa que veio da cidade de Jequié para apoiar o movimento. Segundo a presidente, as indústrias calçadistas vivem o melhor momento e o sindicato vem tentando fazer acordo com as empresas, de acordo com sua estrutura e com as suas possibilidades para dá condições melhores para os trabalhadores.
Para Jeane, o grupo Via Uno é muito forte, tem seu mercado estável e o que é pago é mínimo, pela produção. "Nesse quadrimestre o setor cresceu demais na Bahia, o estado vendeu bastante para o mercador exterior, alcançou o quarto lugar em produção e vendas e eles não vê uma forma de beneficiar a classe trabalhadora que recebe um salário muito baixo em relação a Rio Grande do Sul".
Jeane disse que essa reivindicação é antiga e "a cada ano a gente busca melhoria para o trabalhador e o patronado só fica dizendo que nada está bem, nada está bom, só que agora o momento está excelente para todo o setor a nível nacional, não tem porque a indústria não poder da uma melhor qualidade de salário ao trabalhador".
A diretoria do Sintracal pretende continuar as mobilizações até sentar com as empresas e tenha um acordo que venha a satisfazer os anseios dos trabalhadores das indústrias de Coité. Jeane não descarta a possibilidade de paralização, ela acha que as empresas irão chamar o Sindicato para uma conversa em tempo mais breve possível.
O vereador Danilo Ramos (PT), antes mesmo de se eleger já participava do movimento, ajudou na implantação da Sintracal em Conceição do Coité e mais uma vez esteve acompanhando o movimento dos trabalhadores. Segundo ele, depois da presença do sindicato a opressão diminuiu, as condições de trabalharam melhoraram, "mas chegou o momento que ficou muito crítico, o Rio Grande do Sul continua ganhando muito mais que os trabalhadores baianos, isso a gente não pode aceitar, a Via Uno continua fazendo banco de hora e a gente não devem aceitar, porque na convenção coletiva que já foi acordado eles desrespeitam, então partimos para esse momento maior de mobilização?.
Por: Raimundo Mascarenhas
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