O Partido Progressista (PP) e o Partido Social Democrático (PSD) realizam nesta quarta-feira (25) convenções nacionais em Brasília para definir a posição das duas siglas na eleição para presidente deste ano. Nos dois partidos, apesar de divergências regionais com o PT, a expectativa é que seja aprovado o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff, que confirmou presença na convenção do PSD, do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab.
Com 45 deputados federais em exercício, o PSD tem a quarta maior bancada da Câmara. O PP tem 39 deputados e forma na Câmara um bloco com o PROS (20 parlamentares), que aprovou nesta terça-feira o apoio a Dilma. Os 59 deputados do bloco formam a terceira maior bancada da Câmara.
O PP chegou a ensaiar um afastamento do governo no início deste ano, ao se aproximar dos parlamentares do extinto “blocão” da Câmara, grupo liderado pelo PMDB que havia decidido votar contra projetos defendidos pelo governo devido à insatisfação com o Executivo. Os rebeldes se queixavam da representatividade que tinham dentro do governo e da falta de liberação de emendas.
Apesar de os diretórios estaduais do PP em Minas Gerais e no Rio Grande do Sul serem contrários à aliança com Dilma, o presidente do partido, senador Ciro Nogueira (PI), acredita numa aprovação "tranquila" do apoio à reeleição da presidente.
“Tem divergências, mas a ampla maioria quer aproximação e, com certeza, a maioria vai prevalecer. Vai ser uma escolha tranquila”, disse Nogueira.
O líder do PP na Câmara, Eduardo da Fonte (PP-PE), também diz não ter dúvidas sobre o apoio a Dilma. “Confirmaremos o apoio com bastante tranquilidade. Não vejo nenhum motivo de preocupação. Facilita muito o fato de termos liberado os diretórios estaduais para fazerem alianças regionais como preferirem. Mas, no âmbito nacional, ficará o apoio a Dilma”, disse o deputado.
De acordo com líder, em vez de realizar votação nominal, a convenção deverá confirmar o apoio a Dilma apenas por aclamação, de forma simbólica. “Vai ser apenas um ato declarado, por aclamação. A grande maioria do partido apoia a reeleição de Dilma”, afirmou Eduardo da Fonte.
PSD
O governo está preocupado em assegurar na aliança eleitoral de Dilma a presença de partidos da base aliada. No último sábado (21), o presidente do PTB, Benito Gama, informou que a sigla decidiu abandonar a candidatura de Dilma e passar a apoiar a de Aécio Neves (PSDB).
No último sábado (21), a seção estadual do PSD do Rio de Janeiro anunciou apoio a Aécio Neves. Segundo lideranças do partido, o presidente da sigla, Gilberto Kassab, vinha sendo cortejado por Aécio em busca de uma aliança nacional com o PSDB, mas recusou.
O líder do PSD na Câmara, deputado Moreira Mendes (RO), disse estar assegurado no partido o apoio à reeleição de Dilma. Segundo ele, as informações que circularam, sobre uma possível aproximação do PSD com o PSDB de Aécio são “especulações”.
“Essa foi uma decisão [de apoiar a reeleição] tomada pelo partido ainda no ano ano passado. Fizemos um entendimento com todos os deputados e presidentes estaduais do partido. Não tem como, nacionalmente, voltar atrás. É prego partido e ponta virada. É definitivo”, declarou Mendes.
Felipe Néri Do G1, em Brasília
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