O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) vai decidir nesta quinta-feira (3) se o partido da ex-senadora Marina Silva, o Rede Sustentabilidade, poderá ser registrado a tempo de participar das eleições 2014.
O prazo final para criar partidos termina no próximo sábado (5). A legenda pede a validação automática de 98 mil assinaturas que tiveram a certificação rejeitada pelos cartórios eleitorais. Para que seja criado, o Rede precisa que o TSE aceite pelo menos 50 mil assinaturas para que se alcance as 492 mil exigidas por lei.
Nesta quarta-feira (2), o ministro Marco Aurélio Mello disse que acha “muito difícil” que o processo de criação do partido seja acatado pelo tribunal. ”Tanto a lei [dos partidos políticos] quanto a resolução [de criação de partidos] prevê que o escrivão do cartório faça a validação. Nós não atuamos como cartório”, justificou.
“Nós estamos praticamente no terceiro patamar. Tem o cartório eleitoral, tem o tribunal regional. E tem que passar por lá, sob a minha ótica, para chegar o pedido de registro no TSE”, completou.
Caso o TSE entenda que o Rede não comprovou o apoio mínimo necessário para ser criado, dará mais prazo para a certificação das assinaturas, mas inviabilizará sua participação nas próximas eleições. O senador Aécio Neves tem articulado a filiação de Marina Silva a outro partido no intuito de incomodar a candidatura da presidenta Dilma Rousseff a reeleição.
Solidariedade e PPS são opções caso o Rede não seja criado
O presidenciável Aécio Neves avalia que a candidatura da ex-senadora é crucial para levar as eleições ao segundo turno, e aposta que o recém-criado Solidariedade possui tempo de TV razoável para abrigá-la. Outra alternativa é o PPS, de estreita ligação com o PSDB.
O PSDB já andou sondando as condições para a filiação de Marina no PEN e no PRB, mas este último descartou qualquer possibilidade. De olho em ser eleito deputado federal por São Paulo, o presidente do PEN, Adilson Barroso, já colocou a sigla à disposição de Marina Silva.
Líderes tucanos acham que o PPS seria o partido mais adequado para Marina, com promessa de mútuo apoio em eventual segundo turno. O presidente do PPS, Roberto Freire (SP), garante não estar discutindo a filiação de Marina, mas torce para que “o casamento dê certo”.
Fonte: Diário do Poder
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