Domingo com clima de guerra em Pinheirinho


O clima de guerra tomou conta da Zona Sul de São José dos Campos em São Paulo neste domingo (22). A Polícia Militar compareceu com um forte efetivo no acampamento sem-teto do Pinheirinho para cumprir a ordem de reintegração de posse da área. Enquanto os moradores se defenderam com pedras, a polícia reagiu com balas de borracha nas mediações do acampamento. Há relatos de 7 mortos entre os moradores do Pinheirinho, incluindo uma criança. Uma informação ainda não oficial revela que a PM já se utiliza de armas de fogo no local.
A covarde operação começou por volta das 6h deste domingo, com helicópteros Águia sobrevoando local e jogando bombas de efeito moral e gás lacrimogêneo. Com os moradores pegos de surpresa, a polícia conseguiu apreender armamentos e algemar os líderes do movimento no local. Pelo menos 1800 PMs estão envolvidos na operação, que conta ainda com o apoio da Tropa de Choque da equipe da Rota de São Paulo.
O advogado dos sem-teto Aristeu Neto fez um B.O (Boletim de Ocorrência) de flagrante por desobediência à ordem da Justiça Federal que havia se manifestado a favor da regularização do local. Ele Acabou de entrar com um contramandado para suspender a reintegração de posse. Segundo ele, a ordem desrespeita a Justiça Federal. Neto também está tentando recorrer ao governador Geraldo Alckmin (PSDB), na tentativa de suspender a reintegração.
De acordo com o blogueiro Evertom Rodrigues, os professores Almir Bento Freitas e Lourdes Quadros Alves foram detidos no Pinheirinho junto com Suplicy, Ivan Valente, Carlos Giannazi e o fotógrafo Sergio Koei, que faz registros para o PSTU. O Marrom, líder comunitário, está desaparecido. A PM tomou os celulares e câmeras de todos e tratores já começaram a derrubar casas. Moradores não puderam ao menos pegar os pertences de suas residências.
A área do confronto está sendo isolada até mesmo por meios de comunicação, para que se torne mais difícil a apuração das barbáries cometidas pela polícia. Todas as ruas do entorno foram barradas para impedir a saída dos moradores. Até mesmo parte da imprensa foi recebida a bombas, e a sinal de internet do local foi interrompido. Uma verdadeira ação de guerra contra cometida pelo governo de São Paulo, que mais uma vez se mostra, contra os direitos civis e à liberdade de expressão.

Bruno Caetano
Da Redação
Foto: Roosevelt Cassio

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