Recursos da repatriação garantem salários de servidores em Valente

Ismael Ferreira (PT), que deixa o cargo dia 31 de dezembro.

O prefeito da cidade Valente, no Território do Sisal, Ismael Ferreira (PT), que deixa o cargo dia 31 de dezembro, disse que pegou a administração no período de pior crise do Brasil, situação que vem se agravando nos últimos quatro anos em que as cidades brasileiras tiveram menos recursos de repasses federais. “Tivemos que apertar o cinto para fazer muito mais com menos recursos, situação que pode ser comprovada com os indicadores oficiais. Então, é um momento difícil, crítico, mas vamos chegar ao final do mandato sem dívidas, inclusive com os servidores, porque pagamos parte do 13º no decorrer do ano, na data de aniversário do servidor, e a outra metade vamos pagar, inclusive usando parte desse reforço de caixa da repatriação”, disse.
Mais de R$ 20 milhões em projetos
Ismael disse que a despeito da crise que atinge os municípios e o fim do mandato de muitos prefeitos que não se reelegeram ou estão concluindo o segundo mandato, ele entregará o município em ordem. “Vamos entregar a prefeitura de Valente com mais de R$20 milhões em projetos já licenciados para a próxima administração. Estamos deixando projeto para a construção de 60 casas populares com terreno comprado e pago; a área para a construção do novo cemitério da cidade está quitada; deixamos dois terrenos para o aterro em funcionamento e um novo dentro das exigências da nova legislação; limpamos todas as agudas e passamos a máquina em todas as estradas”, disse Ismael. “Vamos deixar a gestão dia 31 com o município estruturado, e as contas, dentro do possível, em dia, inclusive com os salários regularizados”, completou.
Prefeito diz que época das vacas gordas acabou e a crise é real
Segundo o prefeito Ismael Ferreira, o município recebeu, na primeira parcela em novembro, mais de R$700 mil dos recursos da repatriação. “Infelizmente, a época das vacas gordas, de 2004 a 2012, quando o Brasil estava em ascensão, acabou, reflexo da crise global. A crise é real, porém o governo repete modelos antigos, diferente do PT que apostava nos programas sociais para promover o aquecimento da economia e a geração de empregos”, afirmou. O prefeito repete o discurso petista de que o governo federal corta em gastos sociais e não ataca os problemas como a corrupção, o superfaturamento de obras e os gastos monumentais com o Congresso Nacional.
Diário do Sisal

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