Valentense Fábio Mota é citado em matéria de “o globo”, pelo excelente trabalho desempenhado no Ministério.

BRASÍLIA – A poucos meses da Copa do Mundo, pelo menos um apagão no setor de turismo já está assegurado. As principais autoridades federais da área vão deixar seus postos em breve para se candidatarem às eleições deste ano. Com isso, o governo deverá buscar candidatos a ocupar, apenas até o fim do ano, as vagas de ministro do Turismo e presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), justamente no período mais crítico dos jogos, quando haverá mais cobrança da sociedade pelo resultado das políticas de turismo.
Flávio Dino sairá da presidência da Embratur ainda neste mês para se candidatar ao governo do Maranhão pelo PCdoB e Gastão Vieira deverá abandonar o ministério até março, para se candidatar a um novo mandato de deputado federal pelo PMDB, também pelo Maranhão. A Embratur e o ministério foram as principais instituições a promover no exterior a Copa do Mundo e a estimular que os turistas gastem mais durante a viagem ao Brasil.
Além dessas duas autoridades, também já deixou o ministério em dezembro o principal responsável pelo acompanhamento dos convênios da União com estados e municípios para promover investimentos para a Copa do Mundo, Fábio Mota, ex-secretário nacional de Desenvolvimento de Programas de Turismo do Ministério do Turismo.
Mota abandonou o cargo no dia seguinte em que seu aliado no PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, pediu para deixar uma vice-presidência da Caixa Econômica Federal. No lugar de Mota, que foi exonerado no dia 30 de dezembro, permanece como interino o então diretor de desenvolvimento regional, Carlos Henrique Sobral.
Assim como Dino, Geddel deverá ser candidato ao governo em seu estado em oposição ao governo federal. Para esses políticos que serão oposição aos candidatos da presidente Dilma Rousseff nas eleições, não valeria mais a pena propor ou defender medidas em favor da Copa do Mundo, nem tampouco interessaria ao governo mantê-los muito mais, disse o interlocutor de um deles.
A definição do sucessor de Vieira no Turismo também ganhou ares políticos na reforma ministerial que está por vir. Para sua vaga, é cotado o atual presidente do PTB, Benito Gama, em troca do apoio do partido à candidatura de reeleição de Dilma Rousseff.

PTB quer a Embratur
A presidência da Embratur também tem sido negociada com o PTB, mas existe a hipótese de sua presidência ser ocupada por uma técnica, a atual chefe de gabinete de Dino, Kátia Cristina Bitencourt. O PCdoB, que deverá apoiar a reeleição da presidente Dilma, também quer continuar com essa vaga à frente da autarquia.
Para o presidente da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav), João Monteiro de Azevedo, os desafios impostos pelos megaeventos dependem sobretudo das equipes técnicas, pois são elas que tocam o dia a dia e os projetos até o fim, por isso o setor confia na manutenção das políticas mesmo diante dessa mudança das principais autoridades.
- Reconhecemos que existe hoje uma responsabilização assumida pelas estruturas operacionais, por isso as coisas vão continuar caminhando pelas pernas da equipe técnica.
O governo prevê a chegada de 600 mil visitantes estrangeiros para a Copa e a circulação de outros 3 milhões de brasileiros pelo país acompanhando os jogos. Para melhor atender a essa quantidade de pessoas, o Ministério do Turismo e a Embratur foram os principais responsáveis pela criação de atrativos turísticos, como a benfeitoria em estradas, parques e cidades turísticas próximas às cidades-sede. Segundo estimativas do ministério, o Rio, sede da final, vai receber dois de cada três turistas durante o evento, com 413 mil estrangeiros e 841 mil brasileiros. (O Globo)

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