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O bloco do PT na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) se reunirá nesta terça-feira (8), às 12h, para discutir a possibilidade de reabertura de diálogo com os profissionais da rede estadual de educação, em greve há 27 dias. O líder do governo na Casa, deputado Zé Neto, relatou ao Bahia Notícias que espera “encontrar solução” para o impasse referente ao reajuste salarial da categoria. Mais tarde, às 16h, o parlamentar recebe lideranças do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB) do interior em seu gabinete. Em harmonia com o “dó maior” entoado pelo governador Jaques Wagner, que argumentou cumprir o piso nacional e disse esperar que “o passo seja de lá para cá”, o petista estimou a retomada da mesa de negociações desde que haja, primeiramente, “um aceno dos professores”. “Ser governo é como criar um filho: é ter ônus e bônus”, definiu o parlamentar, ao classificar o atual momento da paralisação como “o mais difícil de todos”. Em 23 de novembro do ano passado foi feito um acordo entre o Estado e a APLB, em que foram deliberados os projetos de lei – ratificados em abril deste ano pela AL-BA. O aumento concedido aos docentes foi de 3%, em 2013, e 4%, até 2014.
A revolta dos profissionais é decorrente da aprovação no Congresso, em março deste ano, do incremento de 22,22%, com base não mais exclusivamente nos 6,08% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como era previsto, mas também no Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). “No dia 23 a APLB sabia que seria muito difícil – quase impossível – uma aprovação além do INPC. O piso nacional veio do Senado. Nunca houve acordo de 22%. Está claro que o filho não é nosso, mas nós temos que cuidar dele. Foi um problema criado externamente ao nosso governo. Temos que ter serenidade para não causar um desgaste ainda maior. A APLB quer tornar sem efeito um acordo aprovado com festa por eles em novembro”, criticou Zé Neto. A autora da medida foi a deputada federal Fátima Bezerra, sua correligionária no Rio Grande do Norte. Apesar disso, no cenário de enfrentamento, segundo ele, atitudes como a da parlamentar Alice Portugal (PCdoB), que criticou o procedimento do Estado de pedir a ilegalidade da greve na Justiça e cortar o ponto dos grevistas, “não contribuem em nada” para o restabelecimento das conversas. “Está ruim para o governo e para os professores, mas está muito pior para que está sem aula”, definiu. Enquanto não houver entrosamento entre governo e professores, mais de 1,2 mil alunos permanecerão fora das escolas.
Bahia Noticias
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