Filha de açougueiro vítima de latrocínio vai a hospital ver se homem que deu entrada ferido, teria participado do crime.

A policia pede que a população fique em alerta e denuncie caso saiba de alguém suspeita de ter participado do crime foi visto com ferimentos de porrete
Josimeire da Silva Silveira, 19 anos, filha do açougueiro José Ivo dos Santos Silveira, 47 anos, morto a golpes de facão na noite de sábado, 24, depois de travar uma luta contra dois bandidos em sua própria casa na Fazenda Cabeceiras, localizada a 2 km do povoado que tem o mesmo nome, esteve na manhã desta segunda-feira, 26, no Hospital Regional a convite da polícia para ver se um homem que tinha dado entrada na madrugada bastante ferido, com corpo e roupa ensanguentados possuía as características de algum que participou da morte do seu pai.
Antes de entrar no quarto onde o rapaz estava, tentou reconhecer através de fotografia, mas ficou na dúvida e optou por chegar até o hospital e o encontrou dormindo. Antes, por medida de segurança, ela cobriu o rosto com a própria blusa e verificou com detalhe, no corredor do hospital ela descartou, contou que o moreno que participou do crime era de estatura baixa e aquele de media a alta. Outro detalhe que ela esclareceu para a polícia foi de que o bandido que teria ficado ferido na luta estava de capacete e não teria atingido a testa e o rosto como apresentava aquele que ela observava.
A jovem também falou que o moreno no momento que estava em sua casa vestia calça e jaqueta jeans, aquele estava somente de bermuda.
Alaelson dos Santos, que teria participado da luta contra os marginais também observou com detalhes aquele paciente, porem informou que quem bateu no assaltante com um porrete foi ele, “mas duas cacetadas que eu dei na cabeça dele atingiu o capacete pela parte de trás, por isso acho que não foi este”, contou.
Depois de observarem o paciente dormindo, os policias resolveram acordá-lo para fazer algumas perguntas e ao mesmo tempo as testemunhas ouvissem sua voz para também avaliarem. Mas ao final concluíram que aquele rapaz não tinha nada a ver, nós do CN também iremos preservar sua identidade bem como sua imagem, podendo revelar apenas que aquele homem também foi mais uma vítima da violência desenfreada.
Ele contou que nem sabia do caso o qual foi motivo de ser observado, mora em Salvador e tem familiares em Coité, citou o nome de um comerciante e solicitou que na dúvida alguém podia procurá-lo. Com um profundo corte na cabeça disse ter sido espancado e desmaiado, pelo fato de está com uma garota.
Noticia levou mais de cinqüenta pessoas para frente do hospital -  A noticia de um homem ferido no hospital menos de 36 horas depois de um crime brutal contra o magarefe, levou pelo menos cinqüenta pessoas, a grande maioria homens parentes e amigos de Ivo para a frente do hospital regional. Estavam apreensivos pelo resultado, com a saída da jovem filha da vítima  e do amigo que foram fazer o reconhecimento, todos se aproximaram e fizeram um circulo em busca da informação. Ao tomarem conhecimento que aquele rapaz não tinha nada a ver com o caso, um deles falou: “sorte dele, mas vamos continuar investigando, nada que é escondido dura para sempre”, falou um cidadão.
A jovem e o rapaz ao saírem do hospital foram até a sede da 4ª Cia PM e revelou todo ocorrido ao capitão Joilson Lessa e juntos voltaram ao local do crime que fica a cerca de 8 km do centro de Coité. Ao chegar, à guarnição da PM visitou as cinco casas mais próximas da residência onde aconteceu o crime. Todas falaram da moto barulhenta que passou em alta velocidade, porem uma senhora que já mora a quase um quilometro, disse ter visto duas motocicletas em alta velocidade no sentido fazenda Varjota na região de Santa Rosa e que uma delas fazia muito barulho.
O capitão disse que esse é um trabalho de integração das policias civil e militar e que o que for da competência da PM ele não medirá esforços para dar uma resposta a esta família que sofre com tamanha brutalidade.
Família entra na lista do êxodo rural – Num passado recente as pessoas se refugiavam para a zona rural em busca de tranquilidade e para se afastarem da violência urbana, muitas das vezes pouco importava a falta de energia elétrica, água tratada, sinal de celular e internet, o que buscavam mesmo era o sossego. O êxodo rural acontecia por motivo de seca.
Mas hoje em dia com todo o beneficio, o sofrimento pela água continua, mas a grande maioria das comunidades tem água tratada pelo menos para o consumo humano manteria o homem no campo e iam se “ajeitando” ate a chegada das chuvas.
Hoje, existe praticamente tudo que é de essencial para o conforto das pessoas, mas como na zona urbana, a rural também está vivendo a violência. “ Vamos deixar a roça, fomos assaltados pela terceira vez, não dá mais pra ficar. Sei que não vamos nos livrar da violência em lugar nenhum, mas na rua um socorro pode chegar mais rápido, diferente de como aconteceu na roça, teve a boa vontade de amigos, mas até se deslocar para chamar alguém os bandidos fazem o arraso”, ressaltou Jucilene Otávia da Silva Silveira, 46 anos, esposa do açougueiro.
Jose Ivo foi sepultado no final da tarde de domingo no cemitério do povoado de Santa Rosa
Reportagem  da Calila Noticias

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