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Wagner defende abertura de arquivos da ditadura

O governador Jaques Wagner defendeu a proposta de acabar com o sigilo eterno de documentos do governo, especialmente os do período da ditadura militar, em entrevista nesta quinta-feira (30) na Assembleia Legislativa, pouco antes de receber o título de Cidadão Baiano. O governador (agora sim, oficialmente) baiano afirmou que, após tanto tempo do fim do regime ditatorial, não há motivos para manter sigilo sobre os atos praticados pelos militares. “Depois de 26 anos de democracia, não há por que manter isso em segredo. Não é por mágoa [que os arquivos devem ser abertos], mas para conhecer a verdadeira história do Brasil”, defendeu. Apesar do apoio de Wagner, a ideia não é ponto pacífico dentro do governo; nem mesmo dentro da cabeça da presidente Dilma Rousseff. A líder nacional, que chegou a ser presa e torturada pelo regime, era originalmente a favor do fim do sigilo. Depois, passou a se posicionar contra a medida diante da resistência dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB) e José Sarney (PMDB), mas, na última semana, voltou a mudar de opinião. Por sua vez, o ministro da Defesa, Nelson Jobim, diz que não há papéis sigilosos a serem divulgados, afinal, o cuidado de dar um sumiço nos materiais foi devidamente tomado. “Não há documentos. Nós já levantamos os documentos todos, não tem. Os documentos já desapareceram, já foram consumidos à época”, comentou Jobim sobre a, literal, queima de arquivos.

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