Com o objetivo de conhecer pesquisas e experiências feitas com o sisal e encontrar caminhos para combater a crise vivida na Região Sisaleira, a FATRES realizou uma visita técnica as Embrapas de Campina Grande e Monteiro no estado da Paraíba, entre os dias 10 e 13 deste mês.
Mais de quarenta participantes entre técnicos agrícolas, agricultores familiares e lideranças sindicais do Território do Sisal puderam ver de perto o trabalho realizado pela empresa.
Estudos sobre a plantação do sisal junto com culturas alimentares, forrageiras e com animais, aproveitamento da mucilagem para alimentação animal, combate a podridão vermelha do tronco através de métodos químicos ou naturais, avaliação e desenvolvimento de maquina desfibradora e estudo do suco do sisal como bioinseticida para combate de carrapatos e pragas do algodoeiro foram apresentados durante o “Seminário e Dia de Campo sobre o Cultivo Sustentável do Sisal no Semiárido” que também discutiu os desafios para garantir a sustentabilidade no semiárido.
A Técnica Agrícola, Ângela Maria de Oliveira, afirma que aplicar os métodos aprendidos pode ajudar muito os produtores da Região Sisaleira e destaca que uma grande preocupação das entidades e técnicos é fazer com que o produtor não desista de trabalhar com a planta. “Tem produtor desistindo do campo de sisal por causa da podridão vermelha, do valor de preço mínimo, da falta de trabalhadores para colheita e desfibramento, além da pouca disponibilidade de terra. Precisamos buscar caminhos para mudar isso”, ressalta Ângela.
Para o supervisor do setor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Algodão, Waltemilton Vieira, fazer chegar as novas tecnologias e promover a organização dos produtores é a única forma de fortalecer a cadeia produtiva do sisal.
O Secretário de Finanças da FATRES, Urbano Carvalho, revelou ter ficado muito satisfeito com a visita. Para ele o trabalho de pesquisa é fundamental e precisa chegar ao produtor. “Precisamos levar essa tecnologia para o agricultor, nos organizarmos em cooperativas e utilizar todo o potencial da planta. Hoje usamos apenas 5% do sisal e desperdiçamos partes da planta que podem garantir maior renda ao agricultor”, explica Urbano.
ASCOM FATRES
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