Coité: partidos rivais vão às ruas em nome de Wagner

A coligação "Pra Bahia Seguir em Frente" sob a liderança do governador Jaques Wagner, candidato a reeleição, acompanhado do candidato a vice Otto Alencar e os postulantes a duas vagas do Senado, Walter Pinheiro e Lídice da Mata, participaram de uma concorrida manifestação de apoio a chapa na tarde desta segunda-feira (27) em Coité, depois de passar por Santaluz, Valente, São Domingos e Retirolândia. 

Centenas de militantes do Partido Progressista (PP) e do Partido dos Trabalhadores (PT) se concentraram em frente ao Colégio Iêda Barradas Carneiro, no Bairro Açudinho para receberem os candidatos. Mas aquela multidão que defende o mesmo nome e número do candidato ao governo são rivais ferrenhos na política municipal, porém ocuparam o mesmo espaço se misturaram na caminhada, acompanhada de carreta pelo centro comercial de Coité.


Dois carros abertos levavam os candidatos e lideranças. O primeiro a chapa, Wagner, Otto, Pinheiro e Lídice, além de Assis candidato do PT que ficou no segundo lugar nas eleições municipais de 2008 e o prefeito Renato Souza (PP). O segundo veículo transportava os candidatos a deputados apoiados por Assis, o federal Emiliano José (PT) e Urbano de Carvalho (PT). Zé Paulo também candidato pelo partido dos trabalhadores que será votado em Coité com apoio de lideranças do partido completou a limha de frente. Esteve presente também o candidato a deputado federal João Leão (PP) apoiado pelo prefeito Renato Souza, ele fez a recepção à chapa, mas não acompanhou a carreata. O prefeito de Coité não vota no time completo de Wagner e Lula conforme pede a coligação, pois, apoia os candidatos Tom (DEM) para deputado estadual e Zé Ronaldo (DEM) para o Senado.
A carreta percorreu toda extensão da Avenida Getúlio Vargas, Praça da Fonte Luminosa, Praça da Matriz, Rua Padre Madureira, passou pela Cicero Soares onde está montado o comitê do partido, Praça José Gonçalves (Babilônia), Rua Antônio Bahia e retornou pelo centro comercial, e se drigiu para frente do comitê onde milhares de pessoas aguardavam para ouvir o pronunciamento do governador que luta pela reeleição.
Diferentemente de outras cidades quando prefeitos e lideranças usam da palavra, em Coité mesmo com grande público, ninguém mais que o governador fez discurso. A coordenação talvez evitou escalar outras lideranças para não acontecer manifestações de vaias, como ocorreu nas inaugurações do Banco do Nordeste e do asfalto que liga Coite ao distrito de Salgadália. Nas duas situações houve vaias, em Salgadália, o deputado estadual Emério Resedá e o prefeito Renato Souza, sairam decepcionados e até se reuniram e decidiram não mais subir em palanques com a presença dos petistas. Emério até que compareceu para receber o governador, mas preferiu não subir no carro, mas Renato preferiu descumprir.
Wagner, antes de abrir o discurso ouviu a maior parte do público presente, ovacionar o nome de Assis, ele repetiu o que fez ao longo de toda campanha em 2006 e durante os quase quatro anos de mandato, que ali ele defendia um projeto do presidente Lula, "os companheiros da primeira hora não serão esquecidos, mas os que estão chegando são meus convidados e entrarem pela porta da frente", falou.
Precisava fazer saudações às pessoas que ali estavam, mas uma vez temeu que ocorresse vaias. "Eu vou apresentar as pessoas que estão caminhando conosco, mas gostaria que vocês batessem palmas para quem vocês gostam e para quem não gosta não precisa se manifestar, quem está aqui foram convidados por mim e apoiam nosso projeto". Justificou o candidato.
Mas nem todos obedeceram ao pedido do governador, ao mencionar o nome de Assis a bandeiras tremularam e em voz alta entoaram seu nome, ao mencionar o nome de Renato entre aplausos surgiram algumas vaias, o governador mais uma vez pediu pra parar.
Renato e Assis disputaram a ultima eleição municipal, Renato conseguiu a eleição, sendo oposição ao governo estadual na ocasião, no meio do mandato quando começaram as alianças o então deputado federal João Leão do mesmo partido do prefeito foi convidado para ser secretário de Infraestrutura do estado para substituir Batista Neves (PMDB), naquela aliança PP e PT se uniam a nível estadual, seguindo a recomendação do diretório nacional que muito antes já apoiava o Governo Lula. A única esfera que parece não ter acordo é a municipal.
Os petistas prometem "ir para o campo" para tentar ajudar a reeleição de Wagner, mesmo com ego ferido da falta de apoio do governador quando a militância tanto trabalhou e na hora "H", não ouve o reconhecimento. "Política é assim mesmo, estão aqui vestindo nossa camisa do 13, não somos nós que fomos procurar eles. Vamos continuar a pedir votos, o PT é nosso, o governador é nosso e vamos aguardar", falou Arivaldo Mota, ex-presidente do partido.
Novo comício com a saída de Wagner - Um grande número de pessoas permaneceu na praça da matriz, o locutor Roberto Oliveira aproveitou a oportunidade e convocou Assis, Urbano, Robson Cedraz e Jonas Paulo para fazer discursos no capô do carro de som. Assis falou mais uma vez da sua história de luta junto ao partido e disse que essa eleição será o retrato de 2012 quando ele será eleito prefeito de Coité. Jonas Paulo mais uma vez, como fez na inauguração do comitê disse que o partido tem uma divida com o PT de Coité, falando da omissão quando deixou de prestar o apoio necessário a Assis. Segundo ele, a coisa agora é diferente, o partido não vai precisar fazer acordos, fato que segundo ele prejudicou a muitos companheiros nas eleições de 2008.
O carro de som deu uma volta pelo comercio antes de concluir os trabalhos do comitê.

  
Com informações: calila noticias

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