A fibra de sisal é uma alternativa viável na substituição da fibra de vidro em compósitos com resinas de poliéster termofixas na produção por moldagem manual. Como é apontado na pesquisa do engenheiro Jorge Rubem Cerchiaro, mestre em Engenharia Ambiental Urbana e pesquisador da Escola Politécnica da Ufba.
A matriz utilizada foi a resina poliéster ortoftálica. Fibras de sisal, sem prévio tratamento térmico ou químico, foram utilizadas como reforços. Com elas, foi desenvolvido um tecido adaptado à produção por moldagem manual. O método de laminação por moldagem manual é adequado às condições sociais e humanas disponíveis nas regiões produtoras de sisal por utilizar maquinário relativamente barato e simples, e envolver uma mão de obra de baixa qualificação profissional.
Os principais resultados da pesquisa foram um tecido unidirecional onde as fibras permaneceram retas em todo o comprimento da trama, obtendo assim melhor aproveitamento das propriedades mecânicas; e um compósito com fibra de sisal 55% mais barato que o elaborado com fibra de vidro, possibilitando a fabricação de peças onde o custo das mesmas é mais importante que a resistência mecânica.
A pesquisa ao usar sisal, objetiva agregar valor à produção das fibras, e contribui para que as comunidades rurais do semiárido nordestino do Brasil possam absorver tal tecnologia, aproveitar a mão de obra local, e para a busca do desenvolvimento sustentável.
Caixa d’ água feita de fibra de sisal
Fonte: Escola Politécnica da Ufba
Nenhum comentário
»GPB - GIRANDO PELA BAHIA
A GENTE OUVE VOCÊ!